A Petrobras postergou para 31 de janeiro de 2019 a hibernação de suas fábricas de fertilizantes localizadas em Sergipe (Fafen-SE) e na Bahia (Fafen-BA), informou a petroleira em comunicado nesta terça-feira (30).
De acordo com a companhia, continua a avaliar alternativas à hibernação em junto a representantes dos governos e federações das indústrias dos Estados e demais participantes dos grupos de trabalho, "de modo que se faz necessário este tempo adicional para a conclusão da análise das alternativas à hibernação, desde que mantidos os níveis mínimos de rentabilidade".
"Dentre estas alternativas consta um possível processo de arrendamento das fábricas a terceiros", acrescentou a Petrobras, dizendo que futuros passos no desenvolvimento das análises serão comunicados ao mercado. Anteriormente, a estatal havia informado que concluiria a hibernação das unidades até 31 de outubro.A iniciativa faz parte do processo de saída integral da produção de fertilizantes, conforme anunciado pela companhia em setembro de 2016. “A hibernação da Fábrica de Fertilizantes da Bahia é parte do nosso esforço para focar os investimentos da Petrobras em ativos que tenham menor risco e tragam mais retorno para a companhia. Nosso planejamento estratégico concentra investimentos na produção de óleo e gás no Brasil, incluindo os investimentos para aumento da produção nos campos do Nordeste”, destacou, em nota, Jorge Celestino, diretor de Refino e Gás Natural da Petrobras.
Além da fábrica da Bahia, a decisão também inclui o fechamento da unidade produtiva de fertilizantes de Sergipe. "Em função disso, o resultado anual da Petrobras, divulgado nesta quinta-feira (15/03), apresenta provisão para perda (impairment) com as fábricas de fertilizantes de R$ 1,3 bilhão", diz a Petrobras.
Importação
Com o encerramento das atividades da Fafen-BA, o abastecimento do mercado de ureia fertilizante será feito por importação - o que impacta na forma produtiva das companhias misturadoras de adubo. A Petrobras informou que realizará investimentos no Porto de Aratu de forma a viabilizar a importação de amônia e o atendimento ao Polo Petroquímico de Camaçari. Para gás carbônico, há alternativas de suprimento no próprio Polo Petroquímico de Camaçari que serão discutidas com os clientes, segundo a companhia.
Com o encerramento das atividades da Fafen-BA, o abastecimento do mercado de ureia fertilizante será feito por importação - o que impacta na forma produtiva das companhias misturadoras de adubo. A Petrobras informou que realizará investimentos no Porto de Aratu de forma a viabilizar a importação de amônia e o atendimento ao Polo Petroquímico de Camaçari. Para gás carbônico, há alternativas de suprimento no próprio Polo Petroquímico de Camaçari que serão discutidas com os clientes, segundo a companhia.
Até finalizar o processo de interrupção, que deverá ocorrer até o final do primeiro semestre de 2018, a companhia informou que conversará com clientes e fornecedores para encontrar as soluções mais adequadas para a transição.
A Fafen-BA iniciou suas atividades em 1971, com foco na produção de fertilizantes nitrogenados. Os principais produtos da fábrica são amônia, ureia, gás carbônico e Agente Redutor Líquido Automotivo (Arla 32). A unidade conta atualmente com 275 empregados próprios. "A Petrobras vai implementar todos os esforços para a realocação dos empregados em outras unidades da companhia", garantiu, em nota.
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